Brasil e Alemanha debatem energias renováveis em prédios públicos

Brasil e Alemanha debatem energias renováveis em prédios públicos

Publicado em: 28/6/2013
Fonte / Retirado de: www.esaf.fazenda.gov.br
Data da publicação original: 18/6/2013

No dia 11 de junho, a Esaf sediou o evento Energias Renováveis em Prédios Públicos, promovido pela própria Escola em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e Agência de Cooperação Internacional Alemã (GIZ) na área de Energia Elétrica a partir de Fontes Renováveis.O objetivo do evento foi debater e divulgar os conhecimentos acerca do tema, abordando como a implementação de energias renováveis é capaz de gerar oportunidades e resultados consideráveis àqueles que dela fazem uso.

Na abertura, as boas vindas foram dadas por Paulo Mauger, diretor de cooperação técnica da Esaf, que destacou a importância da temática, fazendo a relação entre tributação e energias renováveis e como a economia de recursos pode ser fortalecida com a sustentabilidade. Ainda nesse escopo, é importante lembrar que as novas formas de se pensar a energia estão em sintonia com a qualidade do gasto, assunto de suma importância no atual cenário econômico. Nesse campo, vislumbra-se uma economia considerável nas contas públicas, visto que, ao se reduzir a dependência da forma convencional da matriz energética que alimenta os prédios públicos, evitar-se-iam os desperdícios por meio do uso das novas ferramentas disponíveis e por meio da inovação. Esse processo está inserido em uma proposta de melhoria contínua do uso racional de recursos com vistas implantar e desenvolver uma cultura sustentável tanto na área ambiental, quanto na econômica. Ressaltou ainda a honra em retomar as atividades com a Alemanha, visto que a Escola é fruto de uma cooperação anterior com aquele país.Marcos Costa, especialista da GIZ, engenheiro de automação e controle, destacou a geração de oportunidades e ganhos a partir do uso dessas novas tecnologias, dando como exemplo a região árida do Brasil, local onde há um grande potencial para a geração de energia solar.

A atuação da GIZ nos países parceiros foi apresentada por Torsten Schwab. Ele informou que um dos pilares é a troca de conhecimentos baseada na neutralidade, ou seja, sem imposição de modelos. Posteriormente, falou sobre as fontes de energia presentes no planeta, com ênfase à energia solar e como pode ser convertida em energia elétrica. Após o detalhamento técnico do assunto, mostrou quais mecanismos podem ser utilizados para gerar tal efeito, ressaltando que a adoção de determinada técnica dependerá das necessidades e realidades locais.

Schwab observou que a cooperação entre os dois países está baseada no intercâmbio de conhecimentos entre os envolvidos, pois o Brasil quer continuar no caminho da produção de energias renováveis e Alemanha, por sua vez, deseja inserir-se ainda mais nesse espaço. Ainda com relação a essa troca de experiências, a Alemanha poderá subsidiar a regulação dessa forma de pensar o desenvolvimento energético do Brasil, pois há algum tempo já trabalha com o tema, tendo um excelente arcabouço prático e teórico de métodos exitosos, bem como de outros que não atenderam às reais necessidades locais.

Ao final da exposição, foi aberto espaço para o debate. Alexandra Maciel, representante do Ministério do Meio Ambiente, destacou que o assunto é frutífero, mas que não se deve esquecer das externalidades negativas que podem ser geradas na instalação dessas novas tecnologias, tais como os passivos ambientais nos diversos biomas existentes no país. Alexandra Maciel trouxe também a notícia da aprovação da celebração do Convênio firmado entre Ministério do Meio Ambiente e Esaf, que tem como objetivo a elaboração e a implementação de cursos de capacitação em edificações sustentáveis para gestores e servidores públicos, considerando o impacto das etapas de construção, manutenção e uso das edificações na emissão de gases de efeitos estufa, por meio da:

  • promoção da disseminação de conceitos e práticas que promovam a proteção ambiental, a justiça social e o desenvolvimento econômico equilibrado no que diz respeito à gestão e manutenção de edificações públicas da sua construção ao desfazimento;
  • desenvolvimento do conteúdo programático específico para as capacitações;
  • capacitação de gestores e de servidores públicos em gestão de logística sustentável e mudanças climáticas, o que inclui eficiência energética;
  • promoção do diagnóstico de eficiência energética em edifícios selecionados, como caso prático e laboratório de estratégias de projetos de edificações públicas sustentáveis e energeticamente eficientes.

Ao final do evento, ficou claro que a divulgação e implementação de atividades relativas à expansão de fontes de energias renováveis, além de legitimar e justificar a parceria entre os países envolvidos, representa um softpower, um instrumento disseminador de práticas desejáveis.

Veja aqui a apresentação realizada durante o evento.

(Diretoria de Cooperação da Esaf)

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